O debate sobre integração é complexo e razoavelmente subjetivo. De acordo com o ACNUR, a integração local "é um processo complexo e gradual que compreende dimensões jurídicas, econômicas, sociais e culturais distintas, mas relacionadas entre si, e que impõe demandas consideráveis tanto do indivíduo quanto da sociedade que o recebe". A integração  significa que x refugiadx seja plenamente inserido na sociedade, o que requer: aprendizado da língua, utilização de serviços públicos adequados, obtenção de moradia, meios de vida sustentáveis (incluindo emprego digno) e estabelecimento de relações construtivas com a comunidade local. Ou seja, x refugiadx deve tornar-se um cidadão pleno no país anfitrião.

As iniciativas para a inserção dxs refugiadxs no Brasil são levadas a cabo preponderantemente pela sociedade civil, embora também haja participação do ACNUR e do governo brasileiro. No entanto, a integração também depende dos dois grupos que experimentam essa mudança social: os recém-chegadxs (refugiadxs) e a população local. Idealmente, através do diálogo e de trocas interculturais, nacionais e estrangeiros ajustam seus comportamentos e atitudes mantendo sua cultura e valores. Portanto, este processo exige compromisso, compreensão e empatia de ambos os lados. O impacto de diferentes culturas interagindo umas com as outras pode ser extremamente positivo, promovendo comunidades culturalmente diversas.