O governo Dilma Rousseff herdou de seu predecessor, do mesmo partido político, estratégias de política externa claramente definidas: uma abordagem revisionista das instituições internacionais, uma atuação ativa nos fóruns multilaterais como representante dos países do Sul, e com uma orientação voltada para a dimensão sul-americana. O grupo que ocupou a melhor posição no governo anterior permaneceu em cargos de destaque no Ministério de Relações Exteriores e as tendências desenvolvimentistas foram reforçadas. O artigo argumenta que, apesar das continuidades, o comportamento brasileiro diante da América do Sul experimentou mudanças e uma redução visívil de seu ativismo internacional. Estas mudanças foram afetadas pelos cenário econômico internacional e doméstico, pela personalidade da presidenta, pela nova dinâmica dos gestores da política externa e pelo crescimento da "politização" da política externa.

SARAIVA, Míriam Gomes; GOMES, Zimmer S. Born. Os limites da política externa de Dilma Rousseff para a América do Sul. Revista Relaciones Internacionales. v. 25, n.50, 2016. Disponível em: http://www.revistas.unlp.edu.ar/RRII-IRI/article/view/2677/2494