"O relatório aborda a participação brasileira em operações de paz como um desafiador processo de aprendizagem no contexto de intervenções lideradas pela ONU no pós-Guerra Fria. O Ministério da Defesa tem tentado projetar um jeito brasileiro de atuar em operações de paz, que tem sido testado pelo comando brasileiro Missão de Apoio para o Haiti da ONU (MINUSTAH) desde 2004 e da missão de Estabilização na República Democrática do Congo das Nações Unidas em 2013, e por sua participação na Força Interina da ONU no Líbano desde 2010. O relatório discute os impactos nacionais e internacionais desta experiência. A interface militar do Brasil com a sede da ONU aumentou notavelmente , assim como a percepção das forças armadas do país como um dispositivo operante de sua presença nas arenas globais de segurança. Além disso, as lições aprendidas na pacificação do Haiti transbordaram para a área de segurança interna, com as Unidades de Polícia Pacificadora atualmente instaladas em uma série favelas do Rio tendo se beneficiado de métodos primeiro experimentados em Poro Príncipe. Embora as forças armadas estejam ansiosos para continuar o seu envolvimento em operações de Paz, o país tem diminuído suas contribuições para a operações da ONU. Isso se explica em parte pela retirada da MINUSTAH, mas também reflete dificuldades econômicas e políticas internas."
HIRST, Monica; NASSER, Reginaldo. Brazil’s involvement in peacekeeping operations: the new defence-security-foreign policy nexus. ed NOREF: 2014. 9p. Disponível em: <http://www.peacebuilding.no/Themes/Emerging-powers/Publications/Brazil-s-involvement-in-peacekeeping-operations-the-new-defence-security-foreign-policy-nexus> outubro 2014.