"No final de 2011, o Brasil introduziu nas Nações Unidas o conceito de “Responsabilidade ao Proteger” (RWP), com o objetivo de construir pontes entre campos opostos no debate sobre prevenção, intervenção e sobre a “Responsabilidade de Proteger” (R2P). O autor analisa as reações por parte das potências ocidentais à proposta RWP, bem como as respostas diferentes da Índia e da África do Sul, de um lado, e da China e da Rússia, de outra parte. Há três razões principais para a oposição inicial das potências ocidentais: objeções ao aspecto substantivo da proposta (como o “sequenciamento rígido” das diferentes medidas políticas e militares); insatisfação com a posição do Brasil na Síria; e relutância geral para aceitar iniciativas de fora dos poderes estabelecidos em debates sobre questões fundamentais de soberania e intervenção. O artigo termina especulando sobre as perspectivas incertas da iniciativa RWP. Agora que uma série de influentes países ocidentais, a Índia e a África do Sul começaram a se aquecer para discutir o conceito, o governo brasileiro parece ter perdido o interesse em continuar a desenvolvê-lo. Não está claro se o Brasil está preparado para assumir o papel de formulador de normas internacionais."
(acesso restrito)
BENNER, Thorsten. O Brasil como um empreendedor normativo: a Responsabilidade ao Proteger. ed Revista Política Externa, V. 21 N.4: 2013. Disponível em: <http://politicaexterna.com.br/45/o-brasil-como-um-empreendedor-normativo-a-responsabilidade-ao-proteger/> agosto 2014.